Como conviver com pessoas de quem não gostamos
Algumas pessoas são fáceis de amar, outras estão bem longe disso. Alguns encontros nutrem nossa alma, enquanto outros parecem apenas nos roubar energia. Aprender a lidar e conviver com pessoas de quem não gostamos faz parte da proposta de manifestar a espiritualidade na prática, em nosso dia a dia. Mas como fazer isso sem perder a espontaneidade, sem precisar sorrir quando, na verdade, você quer pular no pescoço do outro?
Considero os relacionamentos como parte fundamental do nosso crescimento. Porém, o desafio está em abrir mão da ilusão de que é possível transformar alguém; você só pode transformar a si mesmo, dar o seu melhor para evoluir sempre. Se o outro traz elementos que te desagradam profundamente, experimente, ao invés de rejeitar, enxergá-lo como um espelho professor.
O que será que o comportamento dessa pessoa acorda em você? Que aspectos mal resolvidos aí dentro ainda não foram purificados e precisam ser vistos?
Talvez aquele seu chefe mentiroso e fofoqueiro tenha um comportamento muito parecido com o do seu pai. Nesse caso, ele pode ser seu material de escola, ajudando-o a entrar nesse portal paterno e resolver o que ainda está pendente. O que eu quero dizer é que você pode aproveitar essa situação desagradável e fazer do limão, limonada – olhando sempre para o que, em você, pode ser transformado a partir da situação.
Porém, não posso deixar de perguntar: o que obriga você a conviver com pessoas que despertam o seu pior? O que lhe obriga a estar nesse lugar? Até que ponto fazer dessa relação um instrumento de aprendizado não está fazendo você ir além dos seus limites? É importante achar essa resposta para sentir-se livre e poder escolher conscientemente onde está e com quem está.
Quando vai além dos seus limites, você se machuca, adoece e aquele instrumento que poderia ser de aprendizado, acaba se tornando um dreno de energia. Sua falta de atitude para romper a relação faz que a situação se torne demasiadamente destrutiva.
Eu considero a separação uma decisão radical e, por isso mesmo, me esforço para ensinar a criar união. Mas, ao mesmo tempo, temos que considerar que, às vezes, naquele momento, naquela circunstância, não está sendo possível criar união. Nesse caso, dar um passo para trás é sinal de sabedoria e evita que você se machuque e perca a oportunidade de crescer.
De qualquer forma, sugiro que antes de qualquer atitude radical você explore possibilidades de criar união, fazendo uso do diálogo, de boas conversas – desde que não precise fingir ser quem não é e possa trazer honestidade para a relação. Se isso ainda não for possível, respeite seus limites e, na medida do possível, escolha se preservar até estar pronto para voltar para o estudo dos relacionamentos, incluindo os que incomodam.
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