Blog do Prem Baba http://prembaba.blogosfera.uol.com.br Ensinamentos para o bem-viver com foco em autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Fri, 21 Sep 2018 19:06:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Recesso http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/2018/09/21/recesso/ http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/2018/09/21/recesso/#respond Fri, 21 Sep 2018 19:06:24 +0000 http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/?p=430 Olá, leitores.

Devido ao período de recolhimento de Prem Baba, este blog está em recesso e volta apenas no final de outubro. Até breve!

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Algumas coisas não estão avançando na sua vida? Pode ser sua energia http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/2018/09/07/algumas-coisas-nao-estao-avancando-na-sua-vida-pode-ser-sua-energia/ http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/2018/09/07/algumas-coisas-nao-estao-avancando-na-sua-vida-pode-ser-sua-energia/#respond Fri, 07 Sep 2018 07:00:37 +0000 http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/?p=424

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Existe uma lei psíquica nessa vida que precisa ser compreendida: se o que você tanto deseja vive lhe fugindo das mãos, é porque, inconscientemente, você também diz não para isso e, possivelmente, ainda tenha pouca habilidade para lidar com esse não.

Entenda que, muitas vezes, o sim e o não atuam simultaneamente na mesma área da vida, gerando contradições. Você quer e não quer ao mesmo tempo. Acontece que essa dualidade nem sempre é consciente, e é aí que a sua vida fica travada.

Quando a corrente afirmativa está prevalecendo no sistema, ela se move livremente. Não há impedimentos. Com pouco esforço as coisas acontecem e você se sente com sorte. Porém, quando é a corrente negativa que está predominando, não importa o quanto você se esforce, parece não sair do lugar. Pior: não consegue nem mesmo perceber como se sabota e acaba caindo em outra armadilha: acreditar ser vítima das situações.

Você começa a procurar culpados por suas dificuldades e se distrai com esse jogo de acusações, afinal, é muito mais fácil achar que é uma vítima da situação do que encontrar sua responsabilidade nela.

É verdade que identificar o sabotador da felicidade não é uma tarefa simples. Para isso, é necessário estar muito disposto a ferir sua vaidade e admitir que é você mesmo quem se coloca no inferno. Embora quisesse estar em um lugar diferente, mais bem resolvido, ainda está amarrado em pendências.

Enquanto não quiser ver, a corrente negativa atuará inconscientemente por você, indicando a sua grande inabilidade para lidar com ela, para lidar com esse não. Um dos aspectos dessa inabilidade é você não acreditar que ele existe. Parece algo insano mesmo –como pode haver um não para isso que eu quero tanto? –, mas preciso te dizer que ele existe e a única forma de ir além é tomar consciência de sua existência.

Tomar consciência do não em relação a isso que conscientemente deseja é o início do processo de elaboração e de transformação dessa dificuldade. E você pode fazer isso observando as contradições que habitam seu ser; com atenção, poderá enxergar o jogo. Faça uso da oração: peça para ver por que essa contradição existe. Quais as crenças desse não, que histórias você contou para si mesmo e que agora dão sustentação para ele atuar em sua vida?

Outra chave nesse processo é observar em quais áreas há insatisfação ou repetições negativas, já que são essas as portas de entrada para o inconsciente. Se elas estão aparecendo em sua vida, vá explorar o que está segurando e fazendo com que se esforce tanto para conseguir algo sem obter êxito.

Lembre-se que uma das razões para estarmos aqui é nos tornarmos exploradores da consciência. E, ao explorar a consciência, inevitavelmente temos que aprender a dar conta de transformar o não em sim. Temos que dar conta de nos alinharmos com a corrente afirmativa.

Se olhar a partir desse ângulo, vai achar que a vida é sua amiga, porque mesmo as dificuldades são somente uma forma de empurrar você para frente e para cima.

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Como traumas da primeira infância impactam a vida adulta http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/2018/08/24/como-traumas-da-primeira-infancia-impactam-a-vida-adulta/ http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/2018/08/24/como-traumas-da-primeira-infancia-impactam-a-vida-adulta/#respond Fri, 24 Aug 2018 07:00:25 +0000 http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/?p=418

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A personalidade humana tem a sua fundação formada nos sete primeiros anos de vida, o que inclui o período de gestação. As impressões construídas nessa fase ficam registradas em níveis físicos e sutis e determinam nosso comportamento ao longo da vida. Normalmente, é nessa fase que esquecemos o que viemos fazer no mundo e nos desviamos do caminho do coração. Somos ensinados a usar máscaras para sermos aceitos e levados a acreditar que a felicidade está lá fora e que pode ser comprada.

Nessa etapa a criança é pura sensibilidade. Ela nasce amando e confiando, mas também dependendo dos outros para sobreviver –e é justamente nessas interações que os primeiros traumas se estabelecem. As interações com os outros e com o mundo criam impressões que ficam registradas na alma. Porém, como a visão da criança é generalizada, os efeitos dessas passagens são um tanto devastadores.

Vamos supor que um bebê está com fome e por isso, chora. A mãe, por sua vez, acredita que se atender ao choro do bebê irá mimá-lo, e o ignora. Ele, então, de maneira intuitiva e visando a própria sobrevivência, compreende pela repetição que ao chorar não será atendido e encontra outra estratégia para conseguir alimento –agradar a mãe com um comportamento adequado ao que ela espera dele. Então, quando adulto, se depara com severas dificuldades ao se relacionar, já que não consegue acessar e nem expressar seus sentimentos.

A mecânica humana durante a primeira infância faz com que congelemos situações de dores em nossa alma para seguir adiante. Com isso, passamos a agir de uma forma antinatural, fingindo ser quem não somos e sentindo o que não sentimos, até que nos esqueçamos de vez da nossa essência. Porém, como dores congeladas são dores a serem curadas, reeditamos situações de sofrimento para nos lembrarmos dessas pendências não resolvidas. No exemplo que citei, esse “lembrete” vem à tona quando a pessoa nota sua inabilidade em se relacionar e a frustração que isso lhe causa.

A única forma de fazer com que nossa vida adulta deixe de ser impactada por traumas da infância é justamente ir atrás dessas imagens e dores congeladas. E como se faz isso? Estudando a si mesmo. Observando seus padrões destrutivos e identificando um denominador comum relacionado a essas feridas. Tente entender que onde as coisas não vão bem na sua vida hoje existe um trauma infantil, uma imagem congelada a ser elaborada. Eu citei um exemplo, mas as possibilidades são infinitas.

Essas imagens sustentam crenças a respeito da vida. Não é só o sentimento que está congelado, os conceitos também estão. Você se torna uma pessoa condicionada, que só consegue enxergar a vida de uma maneira específica, através de uma lente colorida que não lhe deixa ver a realidade.

Qual realidade? De que você não é uma criança carente no corpo de um adulto, mas sim a fonte de todo amor. A realidade de que você é o único responsável por toda miséria manifestada em sua vida, e não uma vítima indefesa dos acontecimentos. A realidade de que para sair do buraco onde se enfiou, vai precisar ter disposição para reconhecer sua incapacidade de amar e mover-se em direção à cura. A realidade de que a negação dessa maldade que carrega é o maior veneno que se pode tomar no mundo.

Que possamos despertar desse sonho ruim. Que possamos retirar as lentes que não nos deixam ver nossa responsabilidade em tanto sofrimento que criamos para nós mesmos.

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Não aceitar nosso lado sombrio é um dos erros que não nos permite evoluir http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/2018/08/17/nao-aceitar-nosso-lado-sombrio-e-um-dos-erros-que-nao-nos-permite-evoluir/ http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/2018/08/17/nao-aceitar-nosso-lado-sombrio-e-um-dos-erros-que-nao-nos-permite-evoluir/#respond Fri, 17 Aug 2018 07:00:52 +0000 http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/?p=410

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Você possivelmente já ouviu expressões como nova era ou transição planetária, mas talvez não saiba ao certo do que se tratam. Entendo que estamos atravessando um momento da nossa história em que somos convidados a vivenciar uma grande mudança de consciência, capaz de ampliar nossa percepção e nos dar ferramentas para criarmos uma nova maneira de viver a vida em sociedade.

Essa revolução só pode acontecer se repararmos alguns equívocos que fazem com que o mundo continue vibrando crueldade. Entre eles, eu poderia citar alguns que considero bastante relevantes. Talvez o principal deles tenha sido subestimarmos o poder da sombra. Falamos de um mal que está lá fora e do qual precisamos nos proteger, quando, de fato, o mal está dentro de nós –é aquilo que divide, que separa e que machuca. Essa percepção errônea é quem gera guerra e todo tipo de acusação, alimentando a ideia de vítima.

Outro equívoco importante é o de achar que a felicidade pode ser adquirida, comprada. Fomos levados a acreditar que ela depende daquilo que temos e não daquilo que somos. Esse é um grande equívoco que estruturou muitos dos nossos instrumentos que organizam a vida em sociedade, incluindo a educação e a economia.

A forma como lidamos com nossa saúde também foi distorcida e merece atenção, já que é um dos pilares que sustentam a evolução da consciência. Em algum momento focamos na doença e não na saúde, direcionando nossa energia para tratar doenças que geram mais doenças, criando um círculo vicioso extremamente nocivo para a humanidade. Nos tornamos reféns e nos distanciamos da verdade de que somos seres espirituais vivendo em um corpo material –e não apenas o corpo.

Esses e outros equívocos que cometemos têm se retroalimentado, criando uma estrutura rígida que parece indestrutível. Porém, existe uma oportunidade real para transformarmos essa realidade. Entendo a revolução tecnológica que temos vivido, e que está mudando completamente nossa forma de viver no mundo, como uma grande força propulsora de mudanças, que pode abrir portas para um grande salto evolutivo –mas também pode nos destruir, dependendo de quem em nós usa esse poder.

Ao meu ver, a chave para esse salto está na capacidade que temos adquirido para conhecer nosso lado sombrio, de maneira que não sejamos mais reféns. Porque o que gera a doença e todas as outras distorções é o amor represado. São todas as dores trancafiadas em nossos porões e o distanciamento da nossa essência e espontaneidade. É isso que cria tantos distúrbios e faz com que propaguemos, em nossas ações diárias e entre nossos entes queridos, tanto ódio, crueldade e desamor.

Por isso sugiro a todos que se aproximam de mim que busquem investigar o sabotador da felicidade interno. Quem é em você que está trancando o seu coração? Quem é em você que está comprometido com a destruição?

Estamos passando por uma atualização do sistema e alguns, inclusive, podem sentir sintomas físicos. O ódio, o medo e as consequências desses tantos equívocos precisam ser purificados para abrir caminhos para algo novo. Precisamos estar comprometidos com o que nos cabe. Como fazer a sua parte? Fazendo o uso sábio do poder da escolha, ou seja, escolhendo novos hábitos; encarando de frente aquilo em você que está apegado ao sofrimento; colocando o amor em movimento.

Eu tenho dito e repetido que nosso desafio evolutivo é amar uns aos outros –sermos amigos de verdade, indo além das nossas diferenças. Essa é a grande revolução de consciência e é por isso mesmo que ela depende de cada um de nós.

 

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Porque a vaidade está atravancando sua vida http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/2018/08/10/porque-a-vaidade-esta-atravancando-sua-vida/ http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/2018/08/10/porque-a-vaidade-esta-atravancando-sua-vida/#respond Fri, 10 Aug 2018 07:00:20 +0000 http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/?p=403

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Se você já viu o filme “Advogado do Diabo” talvez se lembre da frase dita pelo próprio diabo: a vaidade é meu pecado predileto. Se for sincero consigo mesmo, talvez consiga perceber que o que te impede de se arrepender e perdoar aqueles que de alguma forma te machucaram, é a vaidade que carrega. Podemos traduzi-la como uma obstinação, um apego profundo a um ponto de vista.

Ela funciona como uma grande distração nos fazendo acreditar que somos melhores do que os outros, de que estamos certos e eles errados, alimentando nossa autoimagem distorcida. Junto à obstinação e ao medo, ela dá voz a uma intencionalidade negativa, que faz com que criemos – sem nem nos darmos conta – situações de sofrimento. É ela quem diz que sabe o que é bom para nós e quer seguir na contramão ao invés de se render ao fluxo da vida. É ela quem impede a nossa entrega ao mistério.

Como todas as manifestações do eu inferior, a vaidade – que é um aspecto do orgulho – está a serviço de proteger dores com as quais não queremos mais entrar em contato. O curioso é que a única forma de conseguirmos ser felizes de verdade é justamente entrando em um acordo com nosso passado, com todas essas marcas difíceis que geraram uma profunda ferida em nosso sistema.

Somente conseguindo perdoar e agradecer de verdade tudo de bom e tudo de ruim que vivemos, é que poderemos nos libertar desses mecanismos de defesa, dessa necessidade de nos defendermos da vida. Porém, para isso acontecer, é preciso admitir que a única pessoa que impede a felicidade em sua vida é você mesmo. E é justamente nessa hora que a vaidade entra em ação, sustentando a mentira de que os outros é que são os culpados da sua miséria.

Compreenda que enquanto não puder perdoar verdadeiramente quem te feriu, precisará do orgulho para se proteger. E precisará também fingir ser quem não é para ter reconhecimento, se sentir importante, chamar atenção, buscando aliviar as mágoas de não ter sido reconhecido e amado como precisava no passado.

Quando puder curar essas feridas do seu corpo, estará pronto para ser autêntico. Somente uma pessoa autêntica é uma pessoa simples e somente pessoas simples podem se entregar ao fluxo da vida. Isso só pode acontecer quando estiver pronto para abrir mão da autoria, quando se permitir ser receptivo para receber o que lhe é oferecido.

Como se libertar dessa criança ferida e ajudá-la a se livrar do passado? Cada caso é um caso, mas a necessidade é a mesma: encontrar seu lugar no mundo. E como você o encontra? Colocando seus talentos a serviço do amor, podendo, assim, se sentir verdadeiramente pertencendo, verdadeiramente preenchido e alegre.

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Será que almas gêmeas existem? http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/2018/08/03/existe-alma-gemea/ http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/2018/08/03/existe-alma-gemea/#respond Fri, 03 Aug 2018 07:00:46 +0000 http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/?p=395

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Enxergo o relacionamento a dois como uma iniciação espiritual. As relações afetivas têm o poder de abrir portas para que possamos integrar os princípios masculino e feminino dentro de nós, e assim, romper com o véu da dualidade que nos separa de Deus. O princípio masculino é a ação, enquanto o feminino é a receptividade, a aceitação. Quando você planta uma semente, exerce uma ação, mas para que ela se transforme em flor, é necessário o tempo de espera. Em outras palavras, precisamos da união dessas duas forças para também florescermos.

Independentemente de sermos homens ou mulheres, heterossexuais ou homossexuais, carregamos ambos os princípios, e ansiamos – mesmo que inconscientemente – por sua fusão. Porém, isso só é possível quando ambas as partes estão dispostas a se revelar verdadeiramente, algo ainda raro nesse planeta. Na maioria das vezes, o que acontece é um encontro entre duas pessoas obstinadas a fazer do outro uma projeção de suas fantasias. Você quer amor exclusivo e, para isso, usa toda sua energia para forçar a pessoa ao seu lado a ser do jeito que quer, a te dar aquilo que ela possivelmente não tem. Não nos enxergamos de fato.

Deus tem seus mistérios. Um deles é se manifestar através do homem e da mulher. Mas você só pode compreender esse mistério se estiver aberto para a aventura de conhecer a si mesmo por meio do outro. É preciso estar realmente interessado em descobrir como o outro funciona, como age. Assim como é necessário estar disposto a deixar que ele enxergue como você é. Mas para isso acontecer, se faz necessário o amor. Amor para receber essa revelação do mistério, e inclusive, para aprender a estender a mão para que o outro seja realmente feliz.

Nós estamos em um estágio da consciência no qual é fundamental aceitar as diferenças, e para aceitá-las, temos que querer enxergá-las. É isso que eu chamo de transparência. Talvez seja esse o significado maior da palavra intimidade: não ter segredos, não ter mentiras.

Só assim é possível romper com as fantasias de nossa mente: a fantasia de encontrar sua alma gêmea, de encontrar a pessoa perfeita. Isso não existe, é apenas ilusão. Uma história que você conta para continuar preso em seu mundo, adiando sua evolução espiritual. Isso porque, à medida que se aprofunda nesse processo mútuo de revelação, seu desejo por querer ter e dominar o outro se esvazia. Seu amor se expande e a corda do apego se quebra.

Pouco a pouco você começa a sair da esfera pessoal e entra na esfera impessoal. Pouco a pouco você descobre que tem amor para dar a todos e aprende a compartilhar seus tesouros com o mundo. Mas, para chegar nesse estágio, precisa passar pela experiência de compartilhar com uma pessoa só, afinal, se não consegue ser verdadeiro com quem dorme ao seu lado, como será com os outros?

Devagarzinho vamos chegando lá, aprendendo a ver Deus em nosso parceiro, aprendendo a ver Deus em nós, aprendendo a ver Deus em tudo o que há.

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Por que temos tanta dificuldade em nos relacionar? http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/2018/07/27/por-que-temos-tanta-dificuldade-em-nos-relacionar-com-os-outros/ http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/2018/07/27/por-que-temos-tanta-dificuldade-em-nos-relacionar-com-os-outros/#respond Fri, 27 Jul 2018 07:00:24 +0000 http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/?p=388

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Tenho dito que se a vida é uma escola, os relacionamentos são sua universidade. Relacionar-se talvez seja o grande teste da vida. Você é constantemente desafiado a amar e a odiar, a sentir prazer e medo, a tomar consciência das suas identificações, das capas que lhe encobrem, e poder ir além delas. Isso porque só é possível encontrar paz, conforto e alegria, quando se pode deixar o outro completamente livre, inclusive para não te amar – e esse é o ponto central da história.

Deixar o outro livre para não te amar quer dizer aprender a aceitar o que o outro tem (ou não) para te dar, sem perder seu rumo, sem fechar o coração. O início desse processo é aprender a lidar com a frustração, já que ela é inevitável. Às vezes o outro vai criticar, julgar, rejeitar, e o que você fará a respeito? Geralmente partimos para a briga, tentando forçá-lo a nos enxergar, ver nosso valor, nos respeitar e amar. Queria lhe propor um outro caminho: para que nessa hora, quando não se sentir correspondido, dar-se a oportunidade de mergulhar nessa tristeza.

Respira fundo e diz: “Ok, hoje não estou sendo amado”. Não tire isso do campo de visão se protegendo atrás da raiva ou da indiferença (que é outra forma de sentir raiva). Isso é uma fuga! Viva a dor da tristeza, converse com ela, entenda o porquê de ela estar aí dentro. Não desperdice o seu tempo valioso de vida com brigas inúteis tentando fazer do outro um escravo para atender aos seus caprichos, porque isso é uma grande ilusão.

Às vezes a gente fecha o coração por nada, só porque o outro não nos olhou do jeito que queríamos. A gente se deixa perturbar e reage abrindo mão da nossa paz interior. Experimente se perguntar quem em você depende que o outro seja de um jeito para você se sentir bem? Quem em você se sente tão perturbado com a atitude do outro a ponto de empenhar sua energia para criar uma guerra? Na medida em que se aprofunda nesse processo de autodescoberta, começa também a testemunhar o fluxo da impermanência sem se perder.

Muita gente me pergunta se a maldade do mundo vai ter fim um dia. Eu cuido de te ajudar a colocar fim na maldade que você carrega, e ela se manifesta a cada momento em que seu coração se fecha para o outro, para a vida. Quando sua mente é tragada e você se perde de si mesmo. Você não precisa concordar com todas as barbáries que acontecem no mundo, mas se permitir que elas afetem a paz de seu coração, você se invalida, perde seu maior poder que é amar.

Uma vez, Dalai Lama contou que teve a chance de se encontrar com um lama que ficou preso por 18 anos após o Tibete ter sido conquistado pela China. Ele foi severamente torturado e viveu diversas atrocidades. Ao ser questionado sobre o maior medo que sentiu na prisão, o lama respondeu que era o de perder a compaixão pelos chineses. Compreendo que ele recebeu uma grande benção, porque se passou por tudo isso sem fechar o coração, não o fechará para mais ninguém. Ele se tornou a própria encarnação da compaixão.

Lembre-se de que a vida é uma escola exigente e, também, uma bolha de sabão: quando menos se espera, já foi. Nosso trabalho aqui é aproveitar o tempo que temos para nos tornarmos livres.

Livres das perturbações externas que nos tiram a paz.

Livres da nossa pobreza interior.

Livres para amar sem querer nada em troca.

 

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Por que a comida afeta seu estado de consciência http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/2018/07/20/por-que-a-comida-afeta-seu-estado-de-consciencia/ http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/2018/07/20/por-que-a-comida-afeta-seu-estado-de-consciencia/#respond Fri, 20 Jul 2018 07:00:08 +0000 http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/?p=380

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Costumo dizer que a alimentação pode ser uma escada para você subir ou descer. Ela é o impulso que faz seu corpo se movimentar e se o combustível for inadequado, o corpo não vai funcionar bem. O bom alimento tem o poder de manter o corpo são em todos os sentidos, seja evitando doenças ou auxiliando a encontrar o silêncio em uma meditação.

Mas o que é o bom alimento? Outro dia fiz um exame alergênico detalhado que apontou que eu estava intolerante a abobrinha. Até sentia um desconforto ao comê-la, mas como é rica em nutrientes e tão saudável, nunca imaginei que pudesse estar me fazendo mal. Se nosso corpo pode ser intolerante a uma abobrinha, o que dizer dos alimentos enlatados, industrializados, cheios de pesticidas e tantas outras substâncias tóxicas que ingerimos diariamente?

A comida pode ser seu melhor remédio, mas também seu maior veneno. O que leva você a comer algo que lhe faz mal? Muitas vezes, não há nem consciência de que aquela comida não vai lhe cair bem. E nas outras tantas vezes em que já sabe que a escolha vai contra sua própria saúde, seu bem-estar? Quem em você escolhe o que está ingerindo?

Tenho dito que a vida parece girar em torno de sexo, poder e comida. Essas são nossas ferramentas de desenvolvimento nesse plano, necessidades legítimas, que distorcemos e transformamos em amortecedores. Desenvolvemos uma sincera compulsão por obtê-los e assim cessar – mesmo que por instantes – nossa angústia existencial. Percebo que de todas as compulsões, a mais poderosa no sentido de rebaixar a consciência, é a alimentação.

A distorção acontece quando o eu inferior se apropria da experiência, quando o medo e o ódio se apropriam desses instrumentos. A compulsão está sempre relacionada com a energia sexual, mesmo que não se manifeste claramente como conteúdo sexual. Mesmo que você ainda não possa perceber essa relação, o fato é que há sentimentos profundos guardados em seu porão e que ainda não consegue ver ou sentir porque está constantemente se anestesiando.

No caso da alimentação, a compulsão se dá como uma voracidade, uma necessidade extrema de colocar tudo para dentro e anestesiar a dor de não saber quem é. A gula pode se manifestar não apenas como uma compulsão por comida, mas também pela fala, consumo, drogas, leitura, televisão, pornografia… A verdade é que a pessoa quer devorar o mundo de alguma forma.

Para elaborar e liberar esses sentimentos suprimidos é preciso coragem e autoinvestigação. Entretanto, mesmo após fazer esse mergulho, por conta de ter servido a essa gula por tanto tempo, será necessário usar da sua vontade consciente para impedir que o antigo hábito, já instalado como uma rede neural em seu córtex, continue prevalecendo.

De tempos em tempos, quando entrar em turbulência e sua consciência se rebaixar, você segura firme e aguenta uma crisezinha de abstinência que costuma durar no máximo três dias. Você diz: “Chega! Eu não vou mais dar comida para esse viciado dentro de mim”. Aqueles que não se enxergam nessa compulsão, podem só questionar com mais afinco a qualidade dos alimentos que consomem e criar novas realidades para a própria vida, fazendo mudanças que já podem ser feitas em relação a isso.

Que possamos estar presentes e atentos na hora de escolher o que vamos consumir. Que possamos dizer não para o veneno que nos acostumamos a beber.

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Como transformar o sofrimento em alegria http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/2018/07/13/como-transformar-o-sofrimento-em-alegria/ http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/2018/07/13/como-transformar-o-sofrimento-em-alegria/#respond Fri, 13 Jul 2018 07:00:25 +0000 http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/?p=375

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Houve um momento na vida em que aprendi a não forçar nada. Assim como a água que nunca impõe a sua cor, aprendi a me tornar um observador. É impressionante o poder da observação e da aceitação. Eu vejo verdades e mentiras, coisas bonitas e feias, mas nunca me oponho a elas. As nuvens passam e eu apenas as observo, e é essa aceitação que faz que todo veneno seja transformado em néctar, todo o sofrimento em alegria.

Só podemos aceitar de fato a vida quando podemos confiar em Deus plenamente. Há momentos felizes, há momentos difíceis, esse é o jogo divino. Há mortes, tragédias, perdas. Há conquistas, êxtases, maravilhas. Quando se pode ser o mesmo em ambas as situações, quando se pode manter a equanimidade independentemente do que aconteça, entregamos nossas vidas ao divino e confiamos no caminho.

No caminho rumo à liberação muitas vezes precisamos fazer sacrifícios, e quando ele é consciente tem um tremendo poder de purificação. Não existe desapego sem sacrifício, não existe iluminação sem sacrificar o ego. O sacrifício, aliás, é apenas uma percepção distorcida de nossa parte, já que acreditamos estar abrindo mão de “tudo” para não ganhar “nada”. Ao longo da jornada, entretanto, vamos percebendo que o que ocorre é exatamente o contrário: a gente abre mão do nada para ganhar tudo. No mais profundo, abre mão do sofrimento para viver em alegria.

Enquanto você se opõe aos eventos da vida, seu sofrimento se potencializa. Quando os aceita, esse veneno vai se diluindo, se transformando em um grande presente da existência. Com a prática da aceitação, vamos nos tornando usinas alquímicas. Tomamos veneno para transformá-lo em néctar, inspiramos sofrimento e expiramos alegria. Pode parecer estranho, mas ao passo em que alquimizamos a dor que nos habita, vamos nos abrindo para desvendar o mistério maior da vida.

Por isso tenho sempre lhe convidado a lidar com suas dores existenciais: com a criança ferida que lhe deixa preso em um ciclo vicioso de dor e miséria. É preciso superar os pactos de vingança e entrar em acordo com seu passado, reparando as relações com sua família, amantes, amigos. Sem essa faxina fica impossível sustentar o êxtase da vida, porque as mágoas escondidas fazem você cair quando menos espera.

Com o tempo, ao se harmonizar com os traumas passados, novas redes neurais vão sendo acordadas, novos caminhos vão sendo abertos para que seja possível viver a vida a partir de novos comportamentos – mesmo que ainda se tropece nos antigos. O seu trabalho passa a ser então, estabilizar a mente para que ela não balance quando tudo a sua volta parece desmoronar.

Na medida que desperta, acorda também o amor e o perdão em seu coração. Fortalece o que é verdadeiro em você e que nunca morre, rompendo com os véus da ilusão, que o fazem prisioneiro de toda perturbação e sofrimento. É um trabalho constante, são os passos da jornada.

Que o amor e a sabedoria possam iluminar sua caminhada.

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Carência afetiva: como superar essa doença http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/2018/07/06/carencia-afetiva-como-superar-essa-doenca/ http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/2018/07/06/carencia-afetiva-como-superar-essa-doenca/#respond Fri, 06 Jul 2018 07:00:47 +0000 http://prembaba.blogosfera.uol.com.br/?p=366

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Depois de muito observar o ser humano, chego à conclusão de que todos nascem livres, mas morrem presos em cativeiro. Com raras exceções, a grande maioria morre prisioneiro da carência afetiva, da necessidade de agradar o outro, de ser aceito, reconhecido, respeitado, prisioneiro do sofrimento. A grande maioria é inconsciente do seu maior poder – o poder de amar – capaz de libertar desse cativeiro. Acreditamos que o que precisamos está fora, quando a fonte de todo amor está em nós mesmos.

Com isso, fica muito evidente que há um engano na forma como escolhemos viver em sociedade, já que temos usado o nosso poder de escolha e decisão de uma forma equivocada. Estamos doentes, individual e coletivamente. Uma doença do ego que nos faz dependentes e codependentes do outro. Precisamos que ele esteja fraco para que nos sintamos fortes. Nos tornamos codependentes da pobreza, da doença, da miséria em todos os seus aspectos. Observe isso em suas relações, em nossas estruturas sociais, políticas, econômicas, religiosas.

Passamos a ver o irreal como real. As crianças quando nascem são desprendidas, espontâneas, mas aos poucos, vão sendo condicionadas, recebem um treinamento de como viver, de como precisam ser. Ensinamos regras que fazem sentido, até para protegê-las, mas esquecemos de dizer que essas regras podem ser abandonadas em determinado momento. E esquecemos de dizer isso a elas porque nós mesmos nos perdemos nesses condicionamentos.

A criança vai crescendo e aprendendo a acreditar na falta, e consequentemente, sentindo medo de que falte – amor, dinheiro, alegria, bem-aventurança, paz. O medo da falta aciona o ódio, que por sua vez, desperta a vingança. A doença está instaurada e seus sintomas só pioram ao longo da vida. Faz-se necessário ter coragem para romper com esse condicionamento. É emergencial acordar desse sonho ruim, no qual acreditamos ser carentes e vítimas de tudo lá fora. Coragem para resgatar a confiança e se entregar para o fluxo da vida.

Mesmo com todos esses choques e revezes que sofremos, nós temos que conseguir romper com as defesas, com o veneno que que segregamos para nos defender e que, agora, está matando a nós mesmos. Porque quando você odeia o outro, odeia a si mesmo; quando se fecha para alguém, se fecha para a vida e perde a oportunidade de celebrar.

Eu venho insistindo para que você comece essa desprogramação por meio da sua família, reparando as relações, por mais desafiadoras que sejam. Você precisa chegar a um acordo, a um lugar de compaixão em relação a sua família dentro de você. Se você se liberta dos pactos de vingança em relação a sua família, por eles terem roubado sua liberdade e sua confiança, começa a se harmonizar com seu entorno e a amar novamente. Esses pactos encobrem quem você é, sua confiança e liberdade e o mantêm presos a essa carência desmedida.

Há que se ter coragem para entregar as armas, não aceitar o convite para a briga. Há que se empenhar para conquistar de volta a harmonia que é natural em seu coração, purificando-o. E você começa a fazer isso entregando seus dons e talentos a serviço do amor. Como é que você pode servir ao mundo? O que é que você tem para dar? Quando você começa a se doar, vai perceber que tem uma força extra de impulsão para subir. Isso é amor.

Na medida em que puder se alimentar dele, as cortinas da ilusão desaparecem. Você se sente pertencendo, conectado a uma rede de bem-aventurança. E, pouco a pouco, vai se lembrando de quem você é. Vai se lembrando do seu poder. Vai se lembrando de que você é o amor.

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