Meditação e infância: como e por que incluir a prática na vida das crianças
A meditação precisa ser ensinada para as nossas crianças. Elas devem aprender a meditar, assim como você deve aprender a meditar. Está na hora de todos nós compreendermos que a meditação é o elemento mais importante da existência, porque é a forma que temos de nos reconectarmos com a fonte. Voltar-se para dentro é o caminho para aprendermos a valorizar aquilo que realmente é significativo: o amor, a verdade, a não-violência, a cooperação, o respeito…
Acredito que a chance que temos de recriar o modelo que nossa sociedade se encontra está na educação das nossas crianças. A única possibilidade de ressignificar esse padrão –que tem base no medo e sustenta todas as matrizes da nossa sociedade– é ensinando para as nossas crianças valores humanos e espirituais.
Posso te afirmar que todas as doenças sociais nascem do medo da escassez, que nasce da inconsciência que você tem sobre a sua natureza divina.
Uma gota de água que se sente separada do oceano precisa se proteger, acumular, competir, disputar… Tudo isso para sustentar a ideia de que é a gota e não o oceano. Toda a educação destinada à entidade humana em evolução neste planeta reafirma a ideia de que ela é uma gota. Algumas afirmam até que o oceano não existe ou, se existe, é algo que está fora ou separado dela –o que cria ainda mais angústia por se sentir separada e sozinha, distante do amor universal.
Cada gotinha vive sua vida, cada qual com as suas ideias a respeito da vida, cada qual com seu ponto de vista e constantemente sendo estimulada a disputar umas com as outras. Como está desconectada da fonte, precisa tirar energia de algum lugar e, então, começam a tirar energia do outro. Como precisa se sentir melhor, faz os outros se sentirem menos, impotentes, alimentando-se, assim, da sua energia.
As crianças são treinadas a buscar felicidade fora. Então, a entidade humana em evolução é uma vítima da crença de que, se possuir coisas e tiver poder material, ela será feliz. E o que proponho é o inverso, que ensinemos as crianças a buscarem a felicidade dentro, a se acostumarem, desde pequenas, a olhar para si para que não se esqueçam da conexão com a própria verdade, com a fonte, com o amor, com Deus.
O ideal é que as crianças pratiquem a meditação de forma bem natural e espontânea, através de brincadeiras e da alegria; através de uma relação de amor.
A partir dos cinco anos de idade, ela já pode fazer trinta segundos de silêncio e, com o tempo, conforme ficar mais velha, esse período pode ser ampliado. Lembre-se que essa prática não pode ser imposta, o que poderia causar um efeito reverso, afastando-a do propósito.
Se pudermos cuidar bem das nossas crianças, teremos a chance de erradicar o medo e o ceticismo da nossa sociedade, deixando de reproduzir todas as angústias e misérias com as quais nos deparamos em nossas próprias vidas. Caso contrário, estaremos sempre correndo atrás do prejuízo, buscando descondicionar nossas mentes já adultas, com tantas crenças cristalizadas e tanto sofrimento gerado.
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