O que é 'karma' e como lidar (da melhor forma possível) com o seu
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Crédito: iStock
O nosso destino –tanto o pessoal quanto o coletivo– é construído a todo instante, a cada pensamento, palavra e atitude. Ações ou reações determinam o bom ou o mau karma: o bom é aquele que nos aproxima da liberdade e o mau é o que nos distancia dela. Mas nunca questionamos o bom karma, apenas usufruímos dele, agradecemos por ele. Nossos questionamentos são sempre em relação ao mau karma.
Podemos compreender o karma como uma colheita de sementes que plantamos
As sementes são justamente nossos pensamentos, palavras e ações, e é a qualidade delas que determina o que vamos colher. Esse processo de plantio e colheita é o que permite o expandir de nossa consciência e a transição da ideia de separação para a unidade, já que abre espaço para que compreendamos nossos erros e acertos e aprendamos com eles ao longo da vida.
Perceba que vivemos em constantes movimentos de expansão e contração. Há horas em que nos sentimos conectados, amorosos e com o coração aberto e outras em que nos fechamos e passamos a navegar em um mar de incertezas, dúvidas e medos. Eu chamo esses momentos de turbulências. São fases que precisamos atravessar, pois foram criadas pelo mau karma. Trata-se de uma colheita de desafios, que geralmente achamos inoportunos quando batem em nossa porta, mas que contém as oportunidades de aprendizado que tanto precisamos.
Assim, é possível compreender o mau karma como pendências, um rastro que deixamos para trás
Deixamos essas contas abertas sempre que não estamos presentes e reagimos a determinadas situações. Entenda que a ação sempre nasce da presença, enquanto a reação é fruto do passado, do medo e do ódio gerados em alguma situação muito antiga que não foi resolvida dentro. Ao reagir, você segue preso a essa dor, repetindo padrões negativos e criando sofrimento.
Em algum momento, teremos que dar conta dessas pendências e realizar essa colheita, que costuma chegar sem aviso prévio para que seja possível acessar partes dentro de nós que não seriam acessadas de outra forma. Embora o destino seja construído a cada instante e nossa trajetória possa ser modificada, existem algumas colheitas de plantios antigos que não podem ser negociadas. Aquilo que a gente realmente precisa aprender, o essencial para o nosso processo evolutivo, está além do ego e da mente, está além do controle.
Estamos atravessando um nódulo kármico como humanidade, sendo convidados a rever nossos conceitos. A manifestação dessa colheita varia de pessoa para pessoa, de país para país. O que você pode fazer é manter-se presente, para não criar mais mau karma e também para dar conta do que é seu sem se atrapalhar com o coletivo. E como é que você faz isso? Se aprofundando no autoconhecimento, observando com honestidade quais as suas contas abertas. Abrindo-se para curar as dores soterradas em seu porão.
Eu sugiro o cultivo do silêncio, nem que seja por um minuto ao dia. Dessa forma você pode começar a estabelecer pontes com seu mundo interno e, aos poucos, ampliar o tempo que dedica para se conectar consigo mesmo. Devagar você vai iluminando sua fé e aprendendo a não cair quando chegam as turbulências.
Devagar você vai desenvolvendo autorresponsabilidade e aceitando os presentes amargos da vida como parte da sua colheita e aprendizado.
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