Espiritualidade é mais simples do que parece: é colocar o amor em movimento
Percebo muita gente que tem procurado trazer a espiritualidade para a vida sem entender, de fato, o que isso quer dizer. Buscam-se teorias e respostas para algo que é muito simples, apesar de não tão fácil de ser colocado em prática. Espiritualidade é a prática do amor, a capacidade de amarmos uns aos outros conscientemente. É quando você pode manifestar a consciência amorosa onde quer que esteja.
E para amarmos de verdade precisamos, antes de mais nada, iluminar o perdão, liberando todo desamor que carregamos dentro de nós.
O amor é uma palavra que acabou sendo muito mal utilizada ao longo da história e perdeu seu significado. Ele é o solvente universal para todos os males, o maior poder que existe, mas foi encoberto por todo tipo de distorções e sentimentos, como o ódio, medo e orgulho, entre tantos outros. Quando digo que a prática da espiritualidade é sinônimo da prática do amor, digo que seu exercício é se mover em direção à união. Transformando todas essas mazelas que nos habitam e perdoando todos aqueles que de algum modo nos feriram.
Perceba que de nada adianta você se comprometer com milhares de técnicas e práticas espirituais se no seu dia a dia continuar tratando mal quem está a sua volta.
Você canta um mantra de manhã e humilha seu companheiro à noite. Isso é fuga, é se enganar. Esse tipo de espiritualidade não serve à humanidade neste momento. Espiritualidade prática é ser amigo, o que implica respeitar o outro. Ser livre e deixar o outro livre.
Não estou dizendo que você deve deixar de lado alguma prática espiritual que já venha fazendo, mas para fazê-la com a intenção de purificar seu coração, de transformar o medo e o ódio para poder criar união. E é claro que isso pode ser muito desafiador e vai requerer muita paciência, dedicação e auto-observação. Você vai cair e se levantar muitas vezes como uma criança que está aprendendo a andar.
Não se puna, nem se culpe, porque, em termos de consciência, o ser humano ainda é uma criança se movendo em direção à consciência divina –ele ainda escorrega, desequilibra e cai em sua natureza primitiva de machucar.
Eu sei que dependendo do lugar em que você se encontra pode parecer impossível se livrar deste impulso destrutivo, mas eu garanto que é possível atravessar esse deserto. É possível transformar o veneno em néctar. Se puder ter a humildade de admitir para si mesmo que está nesse lugar já estará dando um primeiro passo e quebrando as defesas que mantém você separado.
Lembre-se de que só existem situações negativas em sua vida, porque ainda existe desamor dentro de você. O desamor é sinônimo do não para a vida.
E só é possível se libertar dele quando conseguir percebê-lo dentro de si, assumindo responsabilidade pela realidade que cria e deixando de acusar o outro pelas suas misérias. Vá atrás das vozes dentro de você que dizem: "Eu não quero amar. Eu não quero prosperar. Eu não quero ter saúde e viver em harmonia". Somente quando tomar consciência dessas vozes e de todo o mal que elas têm causado em sua vida, poderá usar das preces, meditações e afirmações para transformar todo esse sofrimento em alegria, a separação em união.
É possível iluminar a escuridão. É possível viver a espiritualidade na prática, amando uns aos outros sem se machucar. Por isso, tenho repetido: firmeza no amor e firmeza no perdão. Não perca a fé na capacidade do ser humano de amar.
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