Como conviver com pessoas de quem não gostamos

Crédito: iSTOCK
Algumas pessoas são fáceis de amar, outras estão bem longe disso. Alguns encontros nutrem nossa alma, enquanto outros parecem apenas nos roubar energia. Aprender a lidar e conviver com pessoas de quem não gostamos faz parte da proposta de manifestar a espiritualidade na prática, em nosso dia a dia. Mas como fazer isso sem perder a espontaneidade, sem precisar sorrir quando, na verdade, você quer pular no pescoço do outro?
Considero os relacionamentos como parte fundamental do nosso crescimento. Porém, o desafio está em abrir mão da ilusão de que é possível transformar alguém; você só pode transformar a si mesmo, dar o seu melhor para evoluir sempre. Se o outro traz elementos que te desagradam profundamente, experimente, ao invés de rejeitar, enxergá-lo como um espelho professor.
O que será que o comportamento dessa pessoa acorda em você? Que aspectos mal resolvidos aí dentro ainda não foram purificados e precisam ser vistos?
Talvez aquele seu chefe mentiroso e fofoqueiro tenha um comportamento muito parecido com o do seu pai. Nesse caso, ele pode ser seu material de escola, ajudando-o a entrar nesse portal paterno e resolver o que ainda está pendente. O que eu quero dizer é que você pode aproveitar essa situação desagradável e fazer do limão, limonada – olhando sempre para o que, em você, pode ser transformado a partir da situação.
Porém, não posso deixar de perguntar: o que obriga você a conviver com pessoas que despertam o seu pior? O que lhe obriga a estar nesse lugar? Até que ponto fazer dessa relação um instrumento de aprendizado não está fazendo você ir além dos seus limites? É importante achar essa resposta para sentir-se livre e poder escolher conscientemente onde está e com quem está.
Quando vai além dos seus limites, você se machuca, adoece e aquele instrumento que poderia ser de aprendizado, acaba se tornando um dreno de energia. Sua falta de atitude para romper a relação faz que a situação se torne demasiadamente destrutiva.
Eu considero a separação uma decisão radical e, por isso mesmo, me esforço para ensinar a criar união. Mas, ao mesmo tempo, temos que considerar que, às vezes, naquele momento, naquela circunstância, não está sendo possível criar união. Nesse caso, dar um passo para trás é sinal de sabedoria e evita que você se machuque e perca a oportunidade de crescer.
De qualquer forma, sugiro que antes de qualquer atitude radical você explore possibilidades de criar união, fazendo uso do diálogo, de boas conversas – desde que não precise fingir ser quem não é e possa trazer honestidade para a relação. Se isso ainda não for possível, respeite seus limites e, na medida do possível, escolha se preservar até estar pronto para voltar para o estudo dos relacionamentos, incluindo os que incomodam.
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